sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Jornalistas como deuses

Meus amigos, hoje acordei refletindo sobre uma aula que ministrei cujo tema era "a influência da mídia na sociedade contemporânea". Ando um pouco "horrorizada" com o que nós, jornalistas, ou profissionais da comunicação em geral, estamos fazendo com a tão necessária liberdade de expressão.


Quantos abusos! Quanta falta de compromisso com a ética! A liberdade está sendo confundida com libertinagem. Estamos cometendo abusos diante daquilo que sempre criticamos que é a utilização desse "quarto poder" para imprimir devaneios para a população em geral.


Sabemos que o trabalho da mídia também contribui para a formação da opinião pública. Daí, a nossa grande responsabilidade ao falar, escrever e publicar os fatos.


Será que estamos conseguindo fazer valer essa liberdade de pensar e agir com a palavra. Estamos fazendo jus a tantas lutas que nossa classe já teve pra conseguir se expressar livremente?


Temos reflexos de um período em que vozes foram caladas pela ditadura militar. Reconhecemos que há pouquíssimo tempo os jornalistas precisam ser criativos demais para publicar o que pensavam sem ter que sofrer sanções do regime. Mas aproveitar dessa facilidade e dessa força que a palavra tem para simplesmente destruir o que temos de mais precioso não pode ser a única alternativa.


Não somos "deuses" do Olimpo. Fazemos sim, deuses, contruímos ídolos, mas os destruímos também com bastante sensatez. Nossos deuses são os fatos e suas conseqüências na vida da sociedade contemporânea. Eles sim, merecem respeito e precisam ser exaltados. O poder do jornalista está, justamente, em ter acesso a esses fatos e multiplicar essas informações para que cheguem à comunidade para a qual ele trabalha e para quem realmente deve estar atento.


texto publicado no site Magriça - notívaga.com.br

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