segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Final de ano

Olá pessoal,faz tempo que não passo por aqui. Gostaria apenas de desejar a todos os meus amigos e pessoas que me querem bem, um 2010 cheio de muitas esperanças,saúde e que cada um de nós possamos ser muuuuuuuuuuuuito felizes.



Um grande beijo

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

O menino Olinto

Texto publicado no Jornal Diário de Notícias do dia 18 de setembro de 2009.

Nesta semana, ao iniciar o conteúdo de Jornalismo Literário com os alunos de Comunicação Social, pela primeira vez, tive que mencionar a obra do escritor Antonio Olinto utilizando verbos no passado. Todo ano, quando inicio essa parte da matéria, ele aparece como uma das principais referências de autor que soube maravilhosamente bem juntar as duas paixões: o jornalismo e a literatura. Foi estranho para mim. Porém, nada muda com a sua passagem. Seus livros continuarão a ser mencionados no Brasil e no mundo como exemplos.


Passou um filme em minha cabeça. Lembrei-me do ano de 1997 quando Antonio Olinto foi chamado para assumir uma cadeira na Academia Brasileira de Letras, a de número 8, de Antonio Calado. Eu ainda era estudante de Jornalismo em Juiz de Fora e passava as férias treinando na TV local. Logo que soube da notícia, entrei em contato com o escritor e gravamos uma entrevista por telefone. Eu a guardo com carinho até hoje em fita VHS.


Depois disso, ele veio a Ubá agradecer o carinho da cidade natal e os parabéns que recebeu de seus conterrâneos. Participou de inúmeros eventos no município. Um deles foi o lançamento do livro da sua amiga, escritora e professora Cláudia Condé. Mas antes disso, tive a honra de vê-lo se emocionar no dia da apresentação da dissertação de mestrado da também amiga Cláudia. Ele assistiu atentamente às explicações da autora e no final agradeceu à banca examinadora e aos convidados, dizendo que poucas vezes havia recebido uma homenagem daquelas e que iria guardar para sempre aquele momento. Após o exame, passamos uma tarde agradável a convite de Cláudia. Naquele dia fiquei sabendo um pouco sobre o processo de criação do escritor.

Ele nos contou, de forma bem humorada, que escrevia os seus textos tão conhecidos dos brasileiros e em várias partes do mundo, em sua inseparável máquina de escrever. E que não havia hora para isso acontecer.


Depois daquela conversa, tive vontade de saber um pouco mais sobre a identidade do autor. Suas marcações de mineiridade e a paixão pela cultura e história de seu povo ficaram claras, em sua obra Cinema de Ubá, publicada em 1972. Essa minha curiosidade resultou em um ensaio publicado durante o mestrado: Cultura e identidade em Antonio Olinto.


Um defensor e divulgador da cultura brasileira pelo mundo. Assim podemos definir Antonio Olinto Marques da Rocha. Mineiro da Zona da Mata. Nasceu em Ubá em 1919. Estudou Filosofia, foi professor de Literatura, Latim, Português, Francês, Inglês e História da Civilização, em colégios do rio de Janeiro, até ingressar no jornalismo e ser crítico literário do jornal “O Globo”. Lançou mais de trinta concursos literários ligados a livros, culminando com o lançamento do Prêmio nacional Walmap, considerado o pioneiro dos grandes prêmios literários do país.


Em suas viagens pelo mundo sempre defendeu a cultura brasileira, fazendo conferências em universidades e entidades culturais. Foi adido cultural na Nigéria e na Grã-Bretanha, professor da universidade de Columbia. Na África, escreveu uma trilogia de romances - A Casa da Água, O Rei de Keto e Trono de Vidro.


Uma de suas grandes preocupações sempre foi a preservação dos costumes e crenças do brasileiro. Cinema de Ubá narra a sua própria infância. O cenário é a terra natal e arredores do município, como o distrito de Piau, terra de sua mãe. Olinto fez uma recapitulação da década de 20 em Ubá, entre 1925 e 1926. Mostra um ano na vida da cidade, passando pelas principais festividades da época. Ele deixa evidente a vontade de relembrar o tempo em que a vida no interior de Minas Gerais se limitava a um jeito muito simples de se viver. Época em que a infância era tida como um período “inocente”.


A história começa com um passeio ao circo que acabara de chegar à cidade e que havia sido montado na praça Guido Marlière, em Ubá. A ida ao circo era um presente no dia do aniversário do garoto de seis anos (Olinto), personagem principal. Parte da história se passa nos arredores da praça. Outros momentos que lembram os costumes e a cultura do brasileiro são a tradição da Missa do Galo, o Carnaval e a Semana Santa que também são relembrados na obra.


Ao narrar a sua infância, o escritor traz à tona essa memória. Olinto revivencia sua própria história, ao narrar as lembranças da chegada do trem a Ubá, as partidas de futebol no Campo do Aymorés e a importância que o cinema tinha para uma cidade pequena da década de 20.


Olinto foi um defensor da necessidade de preservação da identidade brasileira. Em sua obra deixou clara a constante busca por um país que valoriza seus costumes, sua cultura. O escritor faz isso desde a sua preocupação em criar bibliotecas para o acesso mais fácil à leitura, até várias de suas obras.


Mesmo quando era adido cultural na Nigéria, Olinto não se esqueceu de sua nação. Lá descobriu a cultura negra no Brasil e a presença brasileira na África. Na Bahia, foi escolhido, juntamente com Jorge Amado, para ser ministro de Xangô.


Viajou o mundo todo. Publicou muitos livros em outros países, em que sua obra também é muito conhecida. Mas o elemento essencialmente brasileiro foi sempre preservado. Em suas palestras por outros continentes ele retratou as riquezas como o Rio de Janeiro, a Bahia e Minas Gerais. Olinto não foi um maquinista de trem, como sonhara quando menino, mas passou a vida viajando: saiu e voltou a Piau e a Ubá. Assim foi Antonio Olinto Marques da Rocha.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Curso Design de Produto da UEMG participa de Semana da Moda em Ubá





Alunos, professores e coordenação de curso Design de Produto da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) participaram da 3ª Semana da Moda ocorrida no período de 31 de agosto a 7 de setembro, em Ubá. O evento foi organizado pela prefeitura, a Aciuba (Associação Comercial e Industrial de Ubá), Adubar (Agência de Desenvolvimento de Ubá e Região) e Sebrae, marcando a volta da Festa das Nações ao calendário do município.


Foram apresentados desfiles, exposições, oficinas de criação e palestras sobre o mundo da moda. Nos primeiros dias aconteceram as palestras “A importância da Gestão da Marca Própria” e “Direcionando Moda para o seu Público Consumidor”, na sede da Aciuba.


No Horto Florestal foram montados 34 estandes de confecções e 13 de fornecedores (máquinas, equipamentos e tecidos). Atendendo a um convite da Associação Comercial e da administração municipal, o curso de Design de Produto montou um estande na festa, onde foram expostos trabalhos dos alunos nas disciplinas dedicadas à moda e acessórios. Professores e alunos se revezaram na atividade de apresentação do curso à comunidade e divulgação do processo seletivo 2009 da UEMG.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Gentileza gera gentileza

Taís Alves - Texto publicado no jornal Diário de Notícias, em Ubá, no dia 10 de julho de 2009

Você acredita em gnomos, vida após a morte ou simplesmente no amor? Desde que nascemos somos convidados a crer em uma série de afirmações que nos são apresentadas como verdadeiras pela ciência, por nossos familiares ou pelos adeptos de alguma religião. Várias foram comprovadas e viraram teses; outras nem tanto. E, mesmo assim, continuamos acreditando.


Acreditar em determinadas situações faz bem ao ser humano, mesmo que elas nunca cheguem a ser confirmadas. Quantas e quantas vezes já ouvimos falar em pessoas que têm o dom de ajudar às outras e dedicam ou dedicaram suas vidas a salvar vidas. E isso realmente aconteceu.


Algumas acreditam em chás milagrosos, receitas caseiras do tempo da vovó. O que determina se eles vão lhe trazer uma melhora ou não? Muitas vezes simplesmente o poder de acreditar. Já se fala há muito tempo que a capacidade da mente é imensurável.


Autores do mundo inteiro escrevem milhares de obras, ressaltando o poder da mente humana e a necessidade de se ter fé.


Chegamos a um ponto em que o acesso às informações é imediato e irrestrito. Nossa vida é tão corrida que sentimos a necessidade de acreditar em algo mais. E quem pode questionar isso. A ciência desenvolver tantos artifícios para responder às necessidades do homem que esse mesmo homem busca algo em que possa se apegar. E isso é muito positivo. Tudo o que nos faz bem e não prejudica ao próximo está valendo.
A correria é tão grande que muitos não acham tempo para um simples sorriso, para ouvir o outro, para ajudar alguém a atravessar a rua. As pequenas gentilezas, muitas vezes, se tornam raras. E quando, por exemplo, alguém para no sinal para nos deixar atravessar, achamos que existe algo de errado.


Se você presta um favor à determinada pessoa, alguns pensam que quer algo em troca. Se você chega mais cedo ao serviço é porque deseja um aumento ou está querendo ficar bem com o seu supervisor ou gerente.


Consultórios de psicólogos, psiquiatras e terapeutas no mundo inteiro recebem pessoas que pagam para serem ouvidas porque não há ninguém para fazer isso no trabalho, na família ou em seu ambiente social. E quem não tem dinheiro para pagar? Vive com seus desafios, clamando pela atenção do outro.


Pessoas sensíveis, capazes de respirar fundo, parar um instante, escutar até mesmo as vitórias de um amigo, não podem ser tão escassas. Existem muitas, temos milhões no mundo. Algumas estão escondidas, é verdade. Mas nunca é tarde para elas se apresentarem em pequenas atitudes.

domingo, 5 de julho de 2009

Arraiá da UEMG 2009




A festa aconteceu no estacionamento da feira municipal em Ubá no dia 26 de junho. A organizaçaõ foi dos alunos dos cursos de Design de Produto, Química e Biologia. Muita música, sorteio de prêmios e animação marcaram o evento que deve virar tradição na cidade.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

DIPLOMA & HIPOCRISIA

Por Alberto Dines em 23/6/2009 - Observatório da imprensa


Antes de discutir a questão do diploma é imperioso discutir a legitimidade dos autores da Ação Civil Pública acolhida pelo Supremo Tribunal Federal que resultou na extinção da sua obrigatoriedade para o exercício do jornalismo.


No recurso interposto pelo Ministério Público Federal, o SERTESP (Sindicato das Empresas de Rádio e TV do Estado de S. Paulo) aparece como assistente simples. A participação do MPF nesta questão é inédita e altamente controversa, tanto assim que o ministro Gilmar Mendes abandonou, numa parte substanciosa do seu relatório, o mérito da questão para justificar a inopinada aparição do órgão público numa questão difusa e doutrinal, suscitada aleatoriamente, sem qualquer fato novo ou materialização de ameaça.


Imaginemos que os juristas e o próprio MPF acabem por convencer a sociedade brasileira da legitimidade de sua intervenção. Pergunta-se então: tem o SERTESP credibilidade para defender uma cláusula pétrea da Carta Magna que sequer estava ameaçada? Quem conferiu a este sindicato de empresários o diploma de defensor do interesse público? Quem representa institucionalmente – a cidadania ou as empresas comerciais, concessionárias de radiodifusão, sediadas em S. Paulo?


Na condição de concessionárias, as afiliadas da SERTESP são dignas de fé, têm desempenho ilibado? Nunca infringiram os regulamentos do poder concedente (o Estado brasileiro) que se comprometeram a obedecer estritamente? Respeitam a classificação da programação por faixa etária? As redes de rádio e TV com sede no estado de São Paulo porventura opõem-se ou fazem parta da despudorada e inconstitucional folia de concessões a parlamentares?


Se este sindicato regional de empresas claudica em matéria cívica e não tem condições de apresentar uma folha corrida capaz de qualificá-lo como defensor da liberdade de expressão, por que não foram convocadas as entidades nacionais? Onde está a ABERT e a sua dissidência, a ABRA? Brigaram?


E por que razão a ANJ (Associação Nacional de Jornais) de repente começou a aparecer como co-patrocinadora do recurso contra o diploma depois da vitória na votação? A carona tardia teria algo a ver com as notórias rivalidades dentro do bunker patronal? Essas rivalidades empresariais não colocam sob suspeita o mandato de guardiã da liberdade que o SERTESP avocou para si?



Grupo minoritário se sobrepõe à cidadania



De qualquer forma evidenciou-se que numa sociedade democrática, diversificada e pluralista a defesa da Constituição não pode ser transferida para um grupo minoritário (o SERTESP) dentro de um segmento (o dos empresários de comunicação) dilacerado por interesses conflitantes e nem sempre os mais idealistas.


O Ministério Público Federal, como órgão do Estado brasileiro, para levar a bom termo a Ação Civil Pública, deveria ter organizado audiências públicas para ouvir as demais partes. Contentou-se em acionar a ré (a União) e suas assistentes simples (a Fenaj e o Sindicato de Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo, ambas com atuações abaixo do sofrível). Contentou-se com os interesses das corporações e deixou de lado a oportunidade de renovar e aprimorar o ensino do jornalismo.


Não se sabe o que efetivamente pensam os leitores, ouvintes e telespectadores sobre a questão do diploma e, principalmente, sobre as excentricidades do julgamento. Os jornais têm registrado algumas cartas simbólicas sobre o diploma em si para fingir neutralidade e passam ao largo dos demais aspectos.



Articulistas calados



O que chama a atenção é que nos cinco dias seguintes à decisão da suprema corte (edições de quinta-feira, 18/6, até segunda-feira, 22/6) dos 28 espaços diários reservados a articulistas regulares e colaboradores eventuais nos três principais jornalões apenas um jornalista manifestou-se de forma inequívoca a favor da manutenção do status quo. Dos 140 consagrados nomões que se revezaram todos os dias ao longo de quase uma semana, só Janio de Freitas (Folha de S. Paulo, domingo, 21/6) reagiu aos triunfantes editoriais da grande imprensa comemorando a morte do dragão da maldade, a obrigatoriedade do diploma.


Miriam Leitão, Gilberto Dimenstein e João Ubaldo Ribeiro discordaram da cortina de silêncio imposta pela ANJ, por meio dos comandos das redações, e não permitiram que o assunto fosse engavetado. Parabéns. Mas não se manifestaram a respeito da obrigatoriedade. Não quiseram ou não puderam.


A festa libertária acabou convertida numa festa liberticida. O cidadão recebeu um razoável volume de material noticioso e reflexivo, porém linear, esvaziado de qualquer elemento crítico ou, pelo menos, questionador.


Neste grande festival de hipocrisias, a imprensa aposenta o bastão de Quarto Poder e assume-se abertamente como lobby empresarial. Já o STF, obcecado pela idéia de tornar-se um petit-comité legislativo, no lugar de converter-se em coveiro do autoritarismo, é apenas o parteiro de um novo mandonismo cartorial.




Nessas notas preliminares, ainda antes de entrar no mérito da questão do diploma, é preciso embrenhar-se na remissão histórica. Parte deles está mencionada em O Papel do Jornal, Uma Releitura (Summus Editorial).



No apêndice "O jornalismo na Era do Cruzado e a cruzada contra o diploma de jornalista", datado de 27/5/1986 (5ª edição, pp. 147-157, repetido nas edições seguintes), estão registrados os primeiros lances da história cujo desenlace ocorreu agora, mais de duas décadas depois.



A extinção da obrigatoriedade do diploma foi concebida nos primórdios da ANJ (1980), depois da malograda greve de 1979, quando os acionistas das empresas de jornalismo finalmente sentaram-se à mesa para traçar um projeto de longo prazo para o setor.


Sob o pretexto de renovar as redações e prepará-las para o fim do regime militar, a Folha de S. Paulo capitaneou um movimento para acabar de facto com a regulamentação da profissão. A primeira manifestação pública desta cruzada foi protagonizada por Boris Casoy, então colunista da Folha, na última página da Veja.



Constituição de 88



Em 1985, quando a Comissão Provisória de Estudos Constitucionais (planejada por Tancredo Neves e implementada por José Sarney) começou a preparar uma espécie de rascunho para a nova Carta Magna, o jornalista Mauro Santayana, na qualidade de Secretário Executivo, vazou para a Folha a informação de que nele constava um item que acabaria com a obrigatoriedade do diploma para o exercício do jornalismo. A intenção de Santayana era conseguir as boas graças da Folha, sempre arredia à Comissão de Sábios.


A Folha abriu as suas baterias e, assim, a questão do diploma ganhou uma notoriedade injustificada. Não era matéria constitucional, mas desde então se tornou aspiração máxima da corporação empresarial da comunicação.


Não a preocupam os demais controles, licenciamentos e limites impostos pelo Estado.

O lobby da comunicação sabe entender-se com o ente governamental. José Sarney é a prova viva desta convivência-dependência. O que parece insuportável é o espírito crítico instalado nas redações. Ou perto delas. A exigência do diploma nunca constituiu uma ameaça concreta. Mas convinha prevenir-se.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Um soco no estômago

Diploma de jornalismo agora é desnecessário. Um retrocesso em uma conquista.



Foi assim que me senti ao receber uma notícia na noite de ontem, 17 de junho, no intervalo das bancas de monografia da faculdade de Jornalismo onde trabalho. Paramos cinco minutos para um café e qual não foi a minha surpresa ao receber um telefone com a bela novidade: o Supremo Tribunal Federal brasileiro votou por 8 votos a 1 o fim da regulamentação da profissão de jornalista no Brasil. Não será mais exigido o diploma para o exercício legal da profissão.


Veio um filme em minha cabeça. Lembrei-me daquela turma do último ano de comunicação social quatro anos atrás e os associei ao momento presente quando passamos horas maravilhosas discutindo a comunicação, suas origens, responsabilidades, respeito ao povo brasileiro e compromisso com a ética. Os alunos deram um “banho” de seriedade ao apresentarem temas complexos do Jornalismo atual. Algumas questões geraram reflexões profundas e nos fizeram pensar sobre essa decisão insensata.


O presidente do Supremo, ministro Gilmar Mendes, relator do projeto, se baseou em uma discussão de que a obrigatoriedade do diploma fere a liberdade de expressão, garantida pela Constituição. Falar o que quer, escrever sobre o que deseja é possível. Estamos na democracia. Mas para isso não precisa ser jornalista. A profissão pode continuar a ser regulamentada e as pessoas se pronunciarem. A questão é o retrocesso da conquista de uma categoria que sofreu muito, sendo perseguida no período da ditadura militar e que agora terá que se justificar muito para continuar a trabalhar com dignidade.


É claro que a criatividade, a seriedade e a competência de quem passa quatro anos na faculdade refletindo sobre o país e o mundo não se discute. Nos Estados Unidos e na Europa, o diploma não é exigido, no entanto, as empresas buscam aqueles que têm o curso de jornalismo para não correrem o risco de serem processadas por danos morais, sendo obrigadas a pagar indenizações enormes. Jornalistas também erram, são processados, porém, em toda profissão há bons e maus profissionais. Existem pessoas muito competentes que trabalham com comunicação. Ninguém aqui tira o mérito delas. A questão é que para isso não seria necessário acabar com a regulamentação.


Os interesses por trás dessa decisão é que assustam. O que virá com ela nas grandes empresas? Esse dia ficará marcado na história do nosso país. Podem anotar.


O ânimo, a vontade de acertar e a responsabilidade, para com a profissão, passam a ser ainda maiores, porque vale a pena ser jornalista. Tenham certeza disso. Agora é erguer a cabeça, lembrar dos maravilhosos textos lidos no período de estudo. Relembrar as discussões geradas pelos estudiosos da área. E esperar que as conseqüências para o nosso país não sejam tão drásticas.



Taís Alves – jornalista por paixão e por formação

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Olha a assessoria da Petrobras aí gente...

Gente, agora a assessoria de comunicação da Petrobras resolveu publicar todas as perguntas que lhes são enviadas por repórteres antes mesmo de elas serem publicadas nos veículos de comunicação. O endereço do tal blog é http://petrobrasfatosedados.wordpress.com.


Será desconfiança sobre o que os grandes veículos divulgam ou a forma como fazem isso?


Jornalistas de todo o país discutem se há tentativa de "controle" da imprensa ou simplesmente tornar público o que cada um perguntou, na íntegra. Vamos debater antes de impor qualquer posicionamento. Quem sabe isso será uma ótima iniciativa para facilitar o acesso a todas as informações ao mesmo tempo por vários jornalistas. Quem acessar primeiro o blog da Petrobras terá o furo. Afinal, não há como deter uma informação por muito tempo no mundo globalizado em que vivemos.

Defesa do diploma é destacada em manifestações e vigílias em todo o país

Hora da Verdade 09/06/2009


Nesta quarta-feira (10/06), a partir das 14h, as atenções dos jornalistas brasileiros e dos defensores do direito da sociedade à informação de qualidade estarão voltadas para o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). Estará em pauta o julgamento do Recurso Extraordinário RE 511961, que questiona a exigência do diploma como requisito para o exercício da profissão de jornalista. A FENAJ convocou ato público para acompanhemento da sessão em Brasília. Paralelamente, manifestações e vigílias acontecem em todo o país.


O recurso RE 511961 é o terceiro na ordem da pauta. O relator é o presidente do STF, ministro Gilmar Mendes. Antes serão apreciadas a Ação Penal do Mensalão (AP Nr 470) e a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF Nr. 172), relativa ao caso do menino cuja guarda está sendo disputada judicialmente.


Este ataque à regulamentação da profissão e à qualidade do Jornalismo brasileiro começou em 2001, quando o Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão de São Paulo questionou a constitucionalidade da exigência do diploma e a juíza Carla Rister concedeu liminar suspendendo tal requisito para o exercício da profissão. Tal medida foi derrubada por unanimidade pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região em outubro de 2005. Mas os patrões recorreram ao STF.



FONTE: FENAJ

terça-feira, 2 de junho de 2009

Dia da Imprensa

Nota Oficial 02/06/2009 | 14:45


Neste 1º de junho, alusivo ao Dia da Imprensa no Brasil, os jornalistas não têm o que comemorar. Ao contrário, é lametável o “presente” que Nelson Tanure, um dos donos da mídia no país, dá aos jornalistas, ao suspender a circulação da Gazeta Mercantil. Sobram para os profissionais a angústia de não verem respeitados seus direitos trabalhistas e a certeza da necessidade de mudanças profundas no sistema de comunicação do país.


Antes comemorado no dia 10 de setembro, o Dia da Imprensa no Brasil passou a ser reconhecido oficialmente como o 1º de junho a partir de um Projeto de Lei aprovado em 1999, com o apoio da FENAJ. A referência anterior registrava o início da Gazeta do Rio de Janeiro como o primeiro veículo impresso no Brasil, em 1808, como jornal oficial da Corte portuguesa. O PL repôs os pingos históricos nos is, reconhecendo que o pioneiro da imprensa brasileira foi o Correio Braziliense, do gaúcho Hipólito José da Costa, lançado em 1º de junho do mesmo ano.


A suspensão da circulação da Gazeta Mercantil após quase 90 anos, expõe uma crise no veículo que redundou em mais de 300 ações em fase de execução e dívidas trabalhistas que superam a casa dos R$ 200 milhões. Tentando fugir à sua responsabilidade, a CBM (Cia. Brasileira de Multimídia) de Nelson Tanure, considerada judicialmente como sucessora do ex-proprietário do jornal, Luiz Fernando Levy, tentou – frustradamente - devolver-lhe o veículo.


Tal situação revela a sucessão de incompetências administrativas na condução do jornal ao longo dos anos. E, mais que isso, desnuda um modelo de negócios declaradamente falido e ainda em aplicação no “mercado de comunicação” do país.


Diante de tal situação, a Federação Nacional dos Jornalistas soma-se ao Sindicato dos Jornalistas de São Paulo no apoio e solidariedade aos jornalistas da Gazeta Mercantil e reivindica a discussão ampla e democrática, com a necessária revisão, do modelo que sustenta a mídia eletrônica e impressa brasileira na Conferência Nacional de Comunicação.



Brasília, 1º de junho de 2009.Diretoria da FENAJ

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Um dia dedicado à inteligência emocional

No último sábado, dia 23, tive o prazer de ministrar, mais uma vez, a disciplina de Inteligência Emocional, na pós-graduação, só que dessa vez, em Viçosa. Uma sala com 90 alunos, de diversas áreas, inclusive da saúde. Foi um dia ímpar. Microfone, datashow, e muita vontade de contribuir também.


No início estavam todos meio apreensivos, alguns nunca tinham ouvido falar de outra inteligência que não fosse a medida pelo QI (quociente de inteligência). E não é aquele do quem indica né.


Quatro horas de aula teórica, abrindo para discussão e debate. Depois fui procurar um lugar para almoçar. No Calçadão de Viçosa, encontrei um amigo, o Ricardo, que também é Alves, mas não é parente. Pedi uma dica de restaurante e ele, prontamente, me passou um de comida caseira. Gostei muito. Lá estava uma aluna da pós, de quem me aproximei para oferecer companhia.


É hora de voltar à sala de aula. - Professora, que horas pretende terminar? Temos ônibus para Silverânia, Ponte Nova e uma outra que nem me lembro o nome, mas nunca ouvi falar. - A senhora vai dar trabalho para nota hoje? Vou ter que sair cedo. -No dia 6 de junho vai ter quadrilha na escola, viu professora e não poderemos vir. Será dia letivo.


Mudam as turmas, porém, sempre as mesmas conversas, desde a época em que fomos estudantes, ou no período em que nossos pais foram. O maravilhoso é perceber que o tema Inteligência Emocional atrai a atenção de todos. Afinal, quem não quer aprender a lidar com os seus próprios sentimentos e com os dos outros? Apesar de ser um assunto mais discutido a partir da década de 90, já existem muitos estudos que comprovam ser a inteligência emocional indispensável para a convivência em sociedade. Que bom que pensem assim, porque é a mais pura verdade.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Posse da Academia Ubaense de Letras

Fiquei muito feliz por ser indicada pelo meu agora amigo e padrinho, Antonio Carlos Estevam, para a cadeira de número 10, da Academia Ubaense de Letras, cujo patrono foi o Major Lázaro Gomes. A posse aconteceu no dia 22 de maio, na Câmara Municipal. Nas fotos: Minha família, a escritora e amiga Cláudia Condé, a presidente do IMLOR, Elazir Alves Carrara e seu esposo e o coordenador de marketing da Fagoc, Leonardo Gomes; o presidente da Academia Manoel Brandão e o ator Mauro Mendonça que também foi empossado.







quinta-feira, 21 de maio de 2009

A menina Télica (conto)

Télica acordou agitada nesta manhã de outono. Seus cabelos desalinhados e a calça de moletom azul surrada que em nada combina com a blusa listrada cheia de furinhos, compõem o visual caquético daquela menina mal cuidada. Menina? Eu a chamei de menina, mas Télica já deve beirar seus 35 anos. É que sua aparência não ajuda muito. Há quem a dê quase 50 anos.


Acordou e foi direto pôr a água para esquentar no fogão à lenha: uma chaleira para tomar banho e outra para fazer café. Na Fazenda do Cristal, a luz elétrica não chegou para todos. Por incrível que pareça, o lampião ainda é a companhia nas noites frias.Antes mesmo de a água ferver, dona Almerinda gritava lá do quarto.


-Minha filha, onde está meu leite com rapadura?


-Calma mãezinha, já vou.


Largou o banho para depois, esquentou o leite, derreteu a rapadura e atendeu à mãe. Dona Almerinda já beirava os cem anos bem vividos. Sempre foi mulher ativa. Nunca estudou, mas o pouco que sabia, dividiu durante muitos anos com as crianças da roça. Ela era voluntária lá na sala da capelinha. Porém, depois que seu Paulo morreu, perdeu um pouco o gosto pela vida. Adoeceu, parou de andar e agora depende da ajuda de Télica.


Toma café e banho rapidamente. Calça as botas e vai para a lida. De lá sai às dez horas, corre em casa, esquenta o almoço, come e leva para a mãe. Volta para o batente e as quatro da tarde já esta em casa, exausta. Pensam que o serviço acabou? É hora de preparar a janta com o resto do almoço e deixar pronta a comida do dia seguinte. É assim todos os dias.


Quando chega o final de semana, a menina-jovem senhora acorda cedo e vai para a igreja orar. Quem sabe não arranja um casamento? Apesar da idade, ela não perde as esperanças.


Télica se apaixonou uma vez quando era bem nova. Tinha uns treze anos. O rapaz era bem mais velho. Já beirava os 26.Ele até que se interessou por ela também, mas um dia deu uma bobeira e uma mulher da cidade ficou grávida dele. Foi quando teve que se casar e se esquecer de Télica para sempre.


Daí para a frente, ela nunca mais se interessou por ninguém. Dedica sua vidinha ao trabalho, à mãe doente e às orações.


Mas mal sabe ela que existe alguém muito interessado pela pobre. Todos os domingos ela é observada por Clóvis, um senhor aposentado e viúvo, que ajuda na celebração. É um homem de respeito, porém Télica nem desconfia e ele não tem coragem de se declarar.


É provável que nunca a menina-mulher, maltratada pelo tempo, venha a saber. Também não sei se teria coragem de se casar e deixar a mãe sozinha. Ou mesmo se a levasse para morar junto dela, será que Clóvis aceitaria? Ele é praticamente da idade de dona Almerinda. Talvez. Só o tempo dirá. Prometo que, se souber, também conto a vocês.



Por Taís Alves, numa tarde fria de outono

domingo, 17 de maio de 2009

Em resposta à Manu

Querida blogueira Manu,

Que bom que visitou meu blog! Seja bem-vinda! Ando um pouco sem tempo para atualizá-lo, por isso só hoje vi seu comentário.


A propósito sobre sua dúvida de vir ou não para a Cidade Carinho, confesso que sou suspeita para falar. Sou apaixonada pela minha terra natal. Tive que sair durante muitos anos para estudar, mas assim terminei, pude retornar.


Você pensa em prestar vestibular na Universidade do Estado de Minas (UEMG)? Qual curso? Será muito bem recebida, tenho certeza.


Ubá é uma terra em crescimento. Há muitas empresas no setor moveleiro. A indústria têxtil está se desenvolvendo muito. O município está prestes a virar também uma cidade universitária. Estudantes de toda a região e também de municípios distantes vêm para Ubá a fim de buscar conhecimento.


Venha conhecer de perto nossa cidade. Há muitos problemas, mas também há um povo pronto a ajudar.



Um grande abraço


Taís Alves

terça-feira, 28 de abril de 2009

CONVITE Título Maria de Loreto Camiloto Rocha

IMLOR marca os seis anos de sua fundação com homenagem a pessoas que trabalham ou trabalharam por Ubá

O Instituto Maria de Loreto Camiloto Rocha – IMLOR – promove, no dia 30 de abril, às 19 horas e 30 minutos, na Câmara Municipal de Ubá, a entrega do Título Maria de Loreto Camiloto Rocha – Mérito Cidadania 2009, para homenagear aqueles que trabalharam e trabalham em prol do bem comum. A iniciativa marca os seis anos de fundação da entidade, criada em 30 de abril de 2003.


O evento visa reverenciar a memória de Maria Loreto Camiloto Rocha, cidadã que foi a verdadeira guardiã da Educação, da História e da Cultura de Ubá e também conservar sua memória viva. Alguns critérios foram observados para a escolha dos homenageados: Personalidade nas Tradições Culturais, Personalidades na Educação Formal, Personalidade na Educação Informal, Personalidades na Ação Social. Haverá ainda, nesta 1ª Edição, uma homenagem a um membro do IMLOR, representando todos aqueles que tanto trabalharam para a criação do Instituto. Este título será entregue anualmente, em sessão solene, por ocasião do aniversário da instituição.


Homenageados:


Pela Educação Formal- Professora Maria de Lourdes Campos, Professora Magda, Teixeira Bigonha Gazolla, Professora Maricelma Marangon


Pela Educação Informal- José Dias de Oliveira (Tênis de mesa),O Cabo PM Geremias de Magalhães Pereira (PROERD),Sargento Alexandre (Tiro de Guerra)


Pela Ação Social- Celeida Montanha (Pastoral Carcerária,Ângela Teixeira de Paula (FEMAC,Márcia Sueli de Souza Freitas (Lar João de Freitas)


Pelas Tradições Culturais - Evandro de Castro Dorigueto


Pelo IMLOR, representando os fundadores do Instituto - Professora Zuleica Evangelista Andrade (Presidente do SIND-Ute)



Taís Alves - jornalista -secretária do IMLOR

Intercom Sudeste é na semana que vem

INTERCOM SUDESTE 2009

XIV Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste

Tema central: Comunicação, Educação e Cultura na era Digital

De 7 a 9 de maio de 2009 – Rio de Janeiro – RJ



Sede: UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro
Endereço: Escola de Comunicação. Av. Pasteur, 250 Fundos - Praia Vermelha
Telefone para contato: (21) 3873 5067 e 2295 9449
E-mail: intercomsudeste2009@eco.ufrj.br
Site Oficial: http://intercomsudeste2009.blogspot.com
e http://www.eco.ufrj.br/intercomsudeste2009



O INTERCOM NACIONAL SERÁ EM CURITIBA

É o maior e mais importante evento acadêmico de Comunicação da América Latina, reunindo anualmente professores de graduação e pós-graduação, coordenadores de curso das principais faculdades de Comunicação do país, pesquisadores da área vindos de toda a América Latina e profissionais de publicidade, jornalismo, relações públicas, rádio, TV e cinema.



INFORMAÇÕES DO SITE: http://www.intercom.org.br

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Jornal do Brasil completa 118 anos entre o saudosismo e a esperança

Fonte: Da Redação do site Comunique-se

O Jornal do Brasil viveu momentos áureos e, por problemas financeiros, entrou numa crise sem precedentes. Foi então vendido para Nelson Tanure, em 2001. Quem trabalhou no JB nas décadas de 50, 60 e 70 deve lembrar com saudades de um diário que fez história no jornalismo brasileiro. Fundado em 1891, completou 118 anos no dia 09/04.


A mudança para as mãos de Tanure é condenada por uns, mas defendida por outros. Para Fritz Utzeri, que trabalhou no JB entre 1968 e 2001, ocupando, entre outros cargos, o de diretor de redação, o atual jornal está longe de ser o que foi. “Não há a menor possibilidade de compararmos o antigo JB com o atual. O título é apenas uma mera coincidência, embora grandes figuras ainda escrevam para o jornal e trabalhem lá, como Evandro Teixeira [editor de Fotografia]. Eu diria que hoje trata-se de um estelionato contra o leitor”.


Já Wilson Figueiredo, que trabalhou no diário de 1957 a 2005, cuidando principalmente da área editorial, vê a compra com outros olhos. “O Tanure impediu que um jornal de mais de cem anos morresse. Foi ótimo ter alguém disposto a comprar o jornal. E o modelo que ele lançou foi pioneiro. Já há outros jornais seguindo esse novo formato [algo próximo ao berliner], como O Dia. É uma forma de reduzir custos. Outra reforma que o JB fez recentemente está na medida dos conceitos do empresariado do setor. Você foge da tirania do jornalismo clássico, dá mais espaço a comentários, opinião, do que notícia. São mais de 50 pessoas especializadas nos mais diversos assuntos. Se o governo muda a política cambial, amanhã tem algum especialista para tratar desse tema. Acho que o jornal é melhor do que era no começo, quando o Tanure comprou. E não acho que está tudo perdido. Acho que o jornal está se reencontrando”.



Os problemas

“Quando o JB começou a dar certo, teve um precedente importante: era o jornal das cozinheiras. Ou seja, sobrevivia graças aos classificados, principalmente de quem procurava empregadas domésticas. Até que o Conde [Pereira Carneiro] morreu e a Condessa se convenceu de que era possível que o JB passasse por uma reforma [conduzida por Amilcar de Castro]. Nos anos 50 ela pensou cautelosamente porque a receita dos anúncios sustentava o jornal. Foi tudo muito bem planejado. Foram mais de dois anos experimentando, rearrumando aqui e ali até fazer a reforma”, recorda Figueiredo. O retorno financeiro dos investimentos, conta ele, demorou dois anos, mas como os classificados sustentavam o jornal, isso não foi problema.


Uma das qualidades do JB lembrada tanto por Figueiredo como por Fritz, era a liberdade para se trabalhar. “O JB era um jornal aberto, não tinha compromisso político”, diz Figueiredo.


Fritz lembra que os jornalistas do JB tinham “orgulho de vestir a camisa da empresa”. Ele diz que começou no jornal quando o JB vivia sua melhor fase. “Só a reportagem e a editoria Geral tinham cerca de 60 pessoas. Hoje duvido que o JB inteiro tenha isso de repórteres. Tínhamos correspondentes no mundo inteiro, até no Japão.”


Mas como já destacou Otto Lara Resende, um grave problema dos jornais brasileiros foi investir em suas sedes. Ele dizia que jornal que faz edifício está cavando um túmulo. E foi o que aconteceu com o JB. Na década de 60, o JB comprou um terreno para construir o que era conhecido como “elefante branco”. Financiou a construção do prédio e sua direção não foi cautelosa na hora de liquidar a dívida. “Deixaram a dívida ser tomada pela inflação”, lamenta Figueiredo. No início dos anos 70, deixou o endereço na Av. Rio Branco, no Centro do Rio, para ocupar o prédio na Av. Brasil.


“Naquela época tinha até arquiteto residente cuidando da obra. Para colar uma coisa na parede, a gente tinha que pedir autorização. Eu tinha uma amiga que cobria Turismo que tinha uma lâmina de fórmica, cor de abóbora vivo, bem na frente dela. Não dava pra olhar para aquela parede, eu ficaria com dor de cabeça. Não podia pendurar coisas. A irracionalidade e má administração levam isso”, analisa Fritz.


A guerra dos classificados colaborou para os problemas financeiros do JB. O Globo passou a investir tanto nos anúncios que ganhou espaço.


Manuel Francisco do Nascimento Britto, genro do Conde e Condessa Pereira Carneiro, que assumiu o comando do JB com o afastamento da sogra, se viu em apuros financeiros. Os salários passaram a atrasar e a qualidade do jornal a cair. Em 2001, Nelson Tanure fez uma proposta de arrendamento do JB.


Hoje, o jornal faz parte da Companhia Brasileira Multimídia (CBM), composta também pela Gazeta Mercantil, outra marca arrendada por Nelson Tanure.

Belo Horizonte recebe encontro de professores de jornalismo

Da Redação do site Comunique-se


Um debate inicial sobre as novas propostas curriculares para o ensino de jornalismo no Brasil abriu o 12º Encontro Nacional de Professores de Jornalismo nesta sexta-feira (17/04), em Belo Horizonte. A discussão sobre as diretrizes do curso promovidas pelo MEC reúne coordenadores de cursos de jornalismo em todo o país.


Apesar do tema central do evento, promovido pelo Fórum Nacional de Professores de Jornalismo, ser "O ensino de jornalismo nas universidades: impactos na prática profissional e conquistas para a sociedade", assuntos como o julgamento do STF, onde a lei de imprensa e a exigência do diploma são contestados, serão abordados.


Outras reflexões acadêmicas terão espaço em seis grupos de pesquisa, onde serão apresentados 76 trabalhos. O evento acontece em três instituições de ensino da capital mineira: Faculdades Pitágoras, UNA e Uni-BH.


As atividades podem ser acompanhadas pelo blog e pelo perfil no Twitter do evento. Outro blog foi criado especificamente para a discussão sobre as novas diretrizes para o ensino do jornalismo.

terça-feira, 7 de abril de 2009

DIA DO JORNALISTA

Parabéns! Dia 07 de abril é o nosso dia e aniversário da ABI (Associação Brasileira de Imprensa). Fundada no Rio de Janeiro (RJ), em 1908, devido à sua importância na vida da categoria e da vida nacional, o dia de sua fundação foi definido como o Dia Nacional do Jornalista.


Com a criação da ABI, os jornalistas tomaram um forte impulso na luta pela conquista da dignidade da profissão. Novos marcos vieram com os avanços na regulamentação da profissão, com as primeiras leis e decretos nas décadas de 1930 e 1940 e, finalmente, com o Decreto 972, de 1969, que estabeleceu a necessidade da formação universitária específica para o exercício do jornalismo na maioria das funções jornalísticas, que hoje encontra-se sob ameaça e em debate na justiça brasileira.


Os avanços conseguidos posteriormente, também foram fundamentais. Entre eles, a criação dos Sindicatos (o de São Paulo surgiu no dia 15 de abril de 1937), a criação da FENAJ em 1946 e a conquista do piso salarial, resultado da greve vitoriosa de 1961. Agora, em 2009, temos novos e importantes desafios: a derrubada da atual Lei de Imprensa e a manutenção da nossa regulamentação profissional.


Nossa luta em defesa da profissão e da nossa dignidade profissional continua.
Lute e defenda-se!


Pela Democratização da Comunicação no Brasil. Além de campeões em desigualdade social no planeta, somos também um dos campeões em concentração da propriedade dos veículos de comunicação.


Site: O jornalista.com

quinta-feira, 2 de abril de 2009

De "bus"

Ouvi há alguns dias um comentário que me chamou a atenção e me estimulou a escrever sobre o mesmo. "Por que você anda de ônibus, menina? Você tem carro."


A pessoa se referia ao fato de eu ir todos os dias de ônibus para a Universidade e deixar meu carro na garagem. Essa amiga não teve outra intenção senão a de me incentivar a dirigir.


Faz tempo que tirei a carteira de motorista, porém, não sinto vontade de enfrentar o trânsito pesado da avenida Olegário Maciel, no bairro Industrial. É uma questão de opção.


No primeiro dia considerei uma pequena aventura. Entrei e já "paguei o maior mico", como dizem minhas sobrinhas. O pagamento é na porta da frente. Daí em diante, cada dia há uma novidade. Ônibus cheio em Ubá? Sim, ele vem lotado do Pires da Luz e na volta, próximo à Policlínica, no final da tarde, também.


Porém, quanto tenho aprendido! Donas de casas, trabalhadores, crianças voltando da escola, alunos da Apae, idosos... Trocadores e motoristas já conhecem os usuários, os chamam pelos nomes. Daqui a pouco também vou ficar conhecida nesta linha que pego.


Sempre utilizei o ônibus urbano e intermunicipal. Quando estudava em Juiz de Fora, todos os dias estava lá. Subia e descia para a UFJF. Hoje utilizo mais o Intermunicipal em minhas viagens semanais à Manchester Mineira.


Em minha cidade nunca tive o hábito de andar de ônibus. Aqui os locais são próximos. E também minha família sempre me carregou para baixo e para cima.


Aquela pergunta do início do texto foi acrescentada à outra afirmação de outro colega de trabalho nesta semana. "Aquele ônibus fedia a cheiro de gente". Essa frase me fez refletir sobre o papel do ser humano na sociedade em que ele vive. E também sobre a forma de ver o outro. O estar muito próximo de alguém, muitas vezes, incomoda. Ouvir a outra pessoa chateia. O homem não se vê como um semelhante, um igual. Ou será que o cheiro da gente que está no ônibus é diferente do seu?


É a velha história de que o que importa é o TER E PARECER e não o SER. Se você tem carro novo não pode frequentar certos lugares, não pode ser muito simples e humilde. Caso contrário, não terá seu reconhecimento como alguém capaz de desempenhar certas funções para a qual você é perfeitamente preparada. Porém, tem que parecer alguém mais imponente, digno de respeitabilidade pela forma como se veste ou como chega ao trabalho (de carro, de ônibus, a pé...)


Que país é esse? O SER é infinitamente mais importante do que o TER ou o PARECER TER. Não importa o que temos no bolso, qual a atividade exercemos. Se estamos em cargo de chefia ou se somos subordinados. Isso não nos torna melhores do que ninguém e muito menos com cheiro diferente.


Acorda pessoal! Sou o que quero ser e não vou mudar porque as pessoas pensam que eu deva ser diferente pelo que faço ou pelo que me preparei durante a vida.



Um abraço

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Salgueiro é a escola campeã de 2009

Hoje minha família carioca está pulando de alegria. O Salgueiro é a escola campeã do carnaval carioca 2009.


Parabéns tio Tãozinho, Roberta, Aninha, Denise (minhas primas queridas). Esta quarta-feira de Cinzas é dia de festa na Rua General Roca(Tijuca), pertinho do morro do Salgueiro.


Desde a minha infância sempre acompanhamos os desfiles do Salgueiro pela TV, por causa de meu pai e de nossa família.


Acredito que no ano passado o resultado era para ter sido esse, mas a Beija Flor acabou vencendo, porém, neste ano não teve jeito. Deu Salgueiro. Comemore meu tio e primas! Sábado tem mais desfile para vocês. Por hoje, é só cair na folia na quadra. Estamos acompanhando tudo pela televisão.

E começa 2009

Longe do Carnaval... esse ano fiquei em Ubá. Muita piscina e sol no Mangueiras. Mas na segunda-feira, não resisti e fui ver a banda Embocadura. Parece que havia mais gente neste ano. Muitos foliões do Bloco das Piranhas estavam lá, famílias inteiras fantasiadas. Muito bom!


Na região, Visconde do Rio Branco, mais uma vez recebeu muitos ubaenses. Divinésia também. São Geraldo, Astolfo Dutra...


Em Ubá, um novo local parece se transformar na passarela do samba. É bom que seja mesmo definido um lugar. Tomara que a idéia "pegue" e seja aceita pela comunidade.


Agora é começar de verdade o ano. Terminaram as desculpas de que depois do carnaval tudo se resolve. É o momento de batalhar o 2009. E pensar neste ano de crise.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Olha o carnaval aí gente...

Quando criança até que gostava bastante de pular carnaval. Já me fantasiei de índia no antigo bloco Contramão, da pracinha Getúlio Vargas. Sempre assisti ao Bloco das Piranhas, no sábado à tarde e não perdia a Embocadura, na segunda-feira.


E as matinês no Ubá Tênis Clube? Eram uma maravilha! Eu e minha irmã aproveitávamos.


Depois vieram os bailes noturnos. Sempre participávamos no Tabajara. Íamos com a familia da Mariana da Skol. Eita família animada! Tia Senhorinha, tia Sônia e Cia.


Passei alguns carnavais fazendo cobertura para a TV local. Também guardo boas lembranças da primeira vez, quando trabalhei com o querido Thuru David. Fui cobrir o Bloco das Piranhas. Ele me colocou no fogo! Não é Thuru?

Já fui até jurada no carnaval ubaense. Eu e a dona Isa Gori nos divertimos bastante, apesar de ter sido cansativo.


Nunca fui muito de viajar nesta época. É o período em que os ubaenses ausentes visitam a cidade e podemos matar a saudade dos velhos amigos.


Neste ano a previsão é de um início de resgate da folia de Momo em Ubá. O local será a rua do bar do Pezão, perto do galpão da Feira Livre. Vamos aguardar a novidade e tomara que dê tudo certo, porque nossa cidade merece. O povo é alegre e festeiro. Não precisamos gastar muito para curtir a folia. Basta ter criatividade. É o bloco do vai quem quer e pronto. Boa folia a todos. Um grande beijo

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Brasileiro no exterior

Por que o brasileiro tem sido tão maltratado em diversos países do mundo? Não são poucos os casos a que assistimos na mídia recentemente envolvendo brasileiros que foram surpreendidos por não poderem entrar em um país. Outros sofrerem constrangimentos com autoridades estrangeiras, são revistados bruscamente e tratados como "marginais".


O que está acontecendo com as boas relações internacionais do Brasil? Um dos países que mais recebe, e bem, turistas do mundo todo e é "quintal" para tantas badernas de pessoas que ainda acham que moramos na selva. Por outro lado,sabemos reconhecer e respeitar milhares de outras pessoas que nos visitam para conhecer as maravilhas naturais ou mesmo gerar negócios e parcerias.


A popularidade do brasileiro parece não estar sendo tão bem vista lá fora. Nesta semana uma brasileira, grávida de gêmeos, sofreu várias formas de tortura ao ser atacada por um grupo de homens, ao sair de uma estação de trem em Zurique, na Suíça. Os agressores a agrediram com pontapés e riscaram seu corpo com estiletes.


Talvez seja o momento de as autoridades brasileiras atuarem mais firmemente no sentido de exigir respostas, explicações das autoridades estrangeiras. O clima de irmandade, de país amistoso, só vale quando temos o reconhecimento e o retorno para com os nossos compatriotas.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Volta às aulas

Nesta semana voltamos ao batente, à sala de aula. O calor de quase 40 graus em Ubá está sendo nosso companheiro fiel nesse início de jornada.


O contato com os alunos do quinto e sétimo período de Jornalismo sempre é muito agradável. Eles me "aguentam" desde os primeiros períodos de curso. No primeiro dia fiz a proposta de um novo jornal laboratório. Eles gostaram da idéia. Terão um desafio pela frente, mas confio no potencial do sétimo período. Vamos fazer uma pesquisa sobre o que a instituição espera do jornal da Faculdade.


Já a turma de assessoria se mostrou empolgadíssima com a disciplina de Assessoria de Comunicação. A matéria é mesmo empolgante, principalmente para uma cidade igual a Ubá, cujo campo para essa área é promissor.


A primeira semana já está no fim, mas ainda há muito a se fazer, afinal hoje ainda é sexta e o batente vai até 22h40, portanto, vamos voltar a ele. Um beijo a todos e ótimo final de semana.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Assuntos abordados pela mídia hoje

Hoje eu estava sem saber sobre o que escrever aqui para vocês. Lembrei-me do que era assunto nos jornais, pensei na política nacional e na municipal. Nas capas de alguns dos jornais como "O Dia", por exemplo, a notícia era a possível separação do Ronaldo fenômeno. Teve até aparição num programa de TV da mocinha, que teria sido vista com ele em uma boate. Ai que falta de assunto, não é mesmo colegas?


Durante uma rápida olhada na TV, vi a senadora Marina Silva comandando uma belíssima sessão em homenagem aos 20 anos da morte do seringueiro Chico Mendes. Estavam lá vários sindicalistas, a atriz Lucélia Santos e o jornalista Zuenir Ventura, que publicou a obra Chico Mendes, o crime e castigo em 2003. A senadora e alguns de seus nobres colegas apresentaram justíssimas palavras ao líder do Acre que foi assassinado em 1988. Chico foi fiel ao que acreditava, mesmo que, na época, fosse durante criticado e ameaçado pelas pessoas que detinham o poder.


Poucos tiveram a coragem de Chico. Muitos são capazes de questionar, criticar sobre uma determinada situação, mas quase ninguém tem o pulso para correr riscos em função daquilo em que crê.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

UEMG - matrículas para o curso de Design começam nesta quarta

As matrículas para calouros e veteranos do curso Design de Produto da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG)curso fora de sede Ubá acontecem nesta quarta(28) e quinta (29) de janeiro, no período de 14 às 20 horas, na Escola de Aplicação/Objetivo. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (32) 3532-2459.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Obrigada formandos! Parabéns e muuuuuuuuuita sorte


Sempre pensei que a melhor forma de retribuir o carinho de alguém é tentar retribui-lo da mesma foram. Por isso, resolvi escrever algumas palavras sobre um convite que recebi no semestre passado. Qual não foi minha surpresa, quando um grupinho de alunos do sétimo período de Comunicação Social, Jornalismo da Fagoc, me chamou na porta da sala do quarto período e me entregou uma carta. Os estudantes pediram que eu lesse imediatamente e foi o que fiz. Era um convite para que eu fosse a professora homenageada de 2008 da turma deles. Nossa! As palavras da carta me emocionaram e, eu, como já previam, chorei.


Tive a oportunidade de acompanhar essa turma desde o começo. Eles foram o meu talismã enquanto coordenei o curso em 2005. Apoiavam minhas decisões, participavam de minhas iniciativas. E sempre tiveram um diferencial. Não aceitavam simplesmente um NÃO. Sempre quiseram saber o porquê.


Entraram na faculdade tímidos,mas já demonstravam a vontade de mostrar a que vieram. E oportunidades não faltaram para isso.


No decorrer da caminhada fomos ficando mais próximos. Alguns eu já conhecia como o AMIGO Cristiano Kelmer, o "Cris Cris", com quem fiz o terceiro ano do Ensino Médio. Ele insite em dizer que tem a minha idade, risos. Ele já sonhava naquela época em fazer Comunicação Social e brinca até hoje que eu tomei a sua vaga na Federal naquele ano. Hoje continuamos amigos e eu tive o prazer de orientá-lo na monografia. Que sufoco hein!


O Luís Carlos eu também já conhecia. Era o Luisinho, como eu o chamava carinhosamente. Trabalhou comigo na TV local.


O Diego eu vi bem criancinha. Somos primos, como ele diz. Já frequentávamos festas familiares e eu via aquele menininho loirinho crescer, sem imaginar o talento que ele seria na faculdade de Jornalismo. Quando liguei para sua casa e o convenci a fazer a matrícula no curso, não tinha idéia do quão profissional ele se tornaria. Fico lembrando seu crescimento a cada semestre.


A Débora era uma incógnita na faculdade. Eita menininha complicada! rs. Quantas e quantas vezes conversamos fora dos horários de aula. Ela dizia que não queria saber de Jornalismo. E os sustos que ela me dava! Não sabia o que fazer para ajudá-la. Essa menina me fez aprender muito sobre o ser humano. E ela também cresceu nesse período do curso. Hoje está madura e consciente de seu papel na profissão. Não é "marmota"?


A Cristina eu sempre confundia com a Dani. As duas sempre foram inseparáveis. A menina de olhar marcante e sorriso largo se transformou durante o período de faculdade. No início, parecia insegura e hoje é a responsável pelo jornal semanal do município. Quanta diferença não é Cris?


A amiga-irmã Daniela sempre foi a mais meiguinha. Também se mostrava tímida. Ela foi a única que conseguiu me confundir com uma artista famosa, colocando o nome da mesma na monografia. Só assim mesmo né Dani? Nossos bolsos são bem diferentes.
A Fabi sempre foi um doce de menina e linda. Aluna exemplar, se orgulhava por ter sido o primeiro lugar no processo seletivo. A menina do Pomba, durante o curso, arranjou um namorado e se revelou.A "amiga" vai ficar na lembrança pelo carinho de sempre.


E o Guilherme? Esse meninão tem como marca o sorriso lindo e aberto que nos cativa e dá um ar de tranquilidade. Tive o prazer de orientá-lo também na monografia. Aprendi muito sobre o inconsequente Jorge Kajuru.


A Jojô sempre foi mais calada, na dela. Mas é um amor de menina. Deixou crescer o cabelão e ficou ainda mais parecida com a irmã. Eu cheguei a cumprimentar a outra pensando que fosse ela. A Ludmila eu já conhecia da outra época em que estudou na faculdade. Voltou mais bonita ainda. Dedicada ao trabalho de assessoria de comunicação, ela promete ir longe em sua caminhada.


A Márcia foi a aluna que me fez chorar de alegria em sala de aula. Fiquei impressionada com o seu desempenho durante um bate-papo como convidada minha na sala de um período anterior ao dela. Vai ser uma grande assessora de comunicação. Disse a ela que podemos ter orgulho dos alunos que formamos.


A Maria Helena, sempre calada, é a cunhada da Jadna, uma ex-aluna querida com quem também tive o prazer de conviver. Sua discrição é marcante. Também fui sua orientadora na monografia.


A Naiane deu um show na monografia, mas me deixou preocupada em função do tempo que já estava acabando e ela não chegava na super nany. Que sorrisão largo e sincero! Fomos parceiras no susto que levamos ao voltar da casa da Débora, quando o carro da professora Cláudia pifou. Naiane também quis desistir do curso, mas hoje demonstra todo o seu talento.


Ah o Osmar! Esse é um orgulho para nós que sabemos das dificuldades que as pessoas têm para se graduarem no Brasil. Aprendi muito com ele a ser perseverante e a pensar que sempre existe alguém com mais impedimentos no caminho e que, por isso, valorizam mais o que possuem. Valeu Osmar! Vou me lembrar sempre de seu agradecimento pelo projeto de valorização dos profissionais da área de comunicação.

Fiquei emocionada por ter podido colaborar.


E a Rafaela? Ou Lela? Ou Rafa? Ela tem tantos atributos! Desde o início se destacou pela desenvoltura ao falar. Era a mestre de cerimônia dos eventos. Semrpe muito chique e elegante. Dedicada aos estudos, soube aproveitar os estágios e hoje é uma promessa e tanto. Eu a admiro muito.


E o Rui? Já o conhecia na época em que eu trabalhava na televisão. Eu o entrevistei algumas vezes como representante da Aciu e também da Minaspetro. O empresário, elegantérrimo, ensinou muito à turma com sua experiência de vida. O meninão na hora que podia e o mais reponsável na hora em que devia. Minha admiração pela sua força de vontade.


O Wellington sempre foi o menino calado de mochila nas costas. Eu sempre observei a sua busca pelo conhecimento na UFV, compra de livros, pedidos de indicação de títulos e coisa e tal. Sempre demonstrou gostar muito de música e cinema. Fiquei muito feliz por ter sido a escolhida por ele para ser a orientadora na monografia. Sempre tive uma empatia grande com ele. Foi muito bom poder aprender mais sobre a sétima arte com você, viu.


A vocês, o meu carinho imenso. Estejam certos de que estarei sempre por perto, batendo palmas para o sucesso de todos. Muito mais do que professora, como vocês mesmo dizem, virei amiga dessa turma. Quero estar na festinha de confraternização de um ano de formatura. Muito obrigada pelo convívio maravilhoso nesses quatro anos. Sorte e força. Um beijo enorme, Taís Alves.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Em defesa da profissão

Fonte: FENAJ
Com o fim do recesso no STF, recurso do diploma vai a julgamento em 2009

Não incluído nas sessões do Supremo Tribunal Federal de 2008, o julgamento do Recurso Extraordinário RE 511961, que questiona a constitucionalidade da exigência do diploma em Jornalismo como requisito para o exercício da profissão, deve ser apreciado pelo STF em 2009. Empenhados em fazer com que tal exigência seja finalmente reconhecida pela Corte maior do Brasil, a direção da FENAJ e a Coordenação da Campanha Nacional em Defesa do Diploma pretendem que o movimento entre em 2009 com força ainda maior.


Vencedora na maioria dos embates judiciais até o momento, a constitucionalidade da exigência do diploma em curso superior para o exercício do Jornalismo foi questionada pelo Ministério Público Federal de São Paulo e pelo Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão no Estado de São Paulo. Mas tal questionamento não resistiu à análise de que a profissão de jornalista é protegida pelo artigo 220 e pelo inciso XIII do artigo 5º da Constituição Federal, garantidores de que nenhuma lei poderá conter dispositivos que possam causar embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social desde que observadas as qualificações profissionais que a lei estabelecer.


No período em que o Decreto-Lei 972/69 completa 40 anos, a FENAJ quer o esforço particularmente dos jornalistas, professores e estudantes da área na defesa de seus interesses como categoria de trabalhadores. Mas quer fundamental e especialmente da sociedade brasileira, o empenho para assegurar seu direito à informação com qualidade. Neste sentido, a Executiva da Federação reúne-se em Brasília nos dias 24 e 25 de janeiro. Entre outros temas em pauta, a campanha em defesa do diploma e a luta para salvaguardar a regulamentação profissional da categoria ocupará espaço privilegiado nos debates. O objetivo é traçar novas estratégias e orientações para que já em fevereiro a campanha ganhe novo impulso.


Também no sentido de que o movimento não perca seu ritmo neste período inicial do ano, a Coordenação da Campanha orienta as entidades apoiadoras a continuarem promovendo ações como a ocorrida em dezembro passado no Recife, no Encontro Nordestino de Professores de Jornalismo – que aprovou um manifesto em defesa do diploma -, e a divulgação, lançamentos e sessões de autógrafos do livro “Formação Superior em Jornalismo – Uma exigência que interessa à sociedade”, a exemplo do que ocorreu no dia 11 de janeiro na Paraíba, além de busca de novos apoios políticos ao movimento. Outra orientação da Coordenação é para que os blocos de jornalistas também sejam aproveitados para divulgação do movimento junto à sociedade no período de Carnaval.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Estamira somos todas nós

Encontrei o texto abaixo na internet e penso que ele resume exatamente o que significa o documentário Estamira, que exibi aos meus alunos na disciplina Comunicação Comunitária, no semestre passado. Estamira (personagem principal do documentário) somos todos nós: brasileiras incompreendidas, muitas vezes desacreditadas, outras sem a menor chance de sobrevivência. Espero que gostem.



O estado de falsidade do ser humano é algo fascinante. Vem de uma necessidade de adaptação quase biológica, de comportamentos sociais arraigados, influenciados em menor ou maior quantidade pela mídia, política, “instinto de sobrevivência” ou até mesmo impulsos sexuais. Freud explica? Talvez seja da natureza da contemporaneidade a paixão pela imagem e pelo superficial; seja da perfeição da “linda vizinha” ao “amigo leal”, conceitos criados pelo Homem que nos conduzem no dia a dia e nos dizem que o importante são as relações cultivadas, por mais falsas que sejam. Para mim, Estamira, de Marcos Prado, é sobre isso. Estamira é enxergada e tratada - não só moralmente, mas fisicamente - como louca. Marcos Prado vai nos mostrar que a loucura é assim como tudo, um ponto de vista, no caso dela, um ponto de vista comum entre várias pessoas e que eu, concordando com o dele, discordo.


Estamira é uma mulher que trabalha (e trata isso com orgulho) em um lixão. É antes de tudo alguém que já sofreu diversos abusos e possui um olhar peculiar sobre a vida. Ela se irrita quando o assunto é Deus e se diz sábia, mostrando uma postura que pode ser facilmente confundida com arrogância. Não é. Estamira é um “lugar”, uma idéia, um estado de espírito onde o ser humano pode ser mais autêntico. É alheia ao mundo (o mundo dito “são”) e assim tenta estudá-lo, e por mais que o olhar fechado de fora tente trazê-la para o “real” (é preciso dar remédio a quem “sai da linha”?), o lado inconsciente continua martelando quase como um demônio trazendo de volta discursos embolados que fazem todo sentido. É a manifestação de um interior furioso nascido de um passado infeliz e sofrido, que somado a uma boa dose de “determinismo”, transforma Estamira na figura que é.


O lixão é a representação irônica e trágica da própria condição do homem. Para um olhar raso, é meramente uma imagem de contexto social de pobreza, mas para o grão do super-8 de Marcos Prado, é o lugar onde talvez se encontre a sua própria essência. A idéia de sobrevivência de Estamira nos lembra do quanto nos apegamos ao desnecessário, e como a sensação de prazer trazida por este nos tornou quase escravos do imediato. É a paixão pela imagem já dita antes, que nos torna um bando de desconhecidos buscando impressões sedutoras e fantásticas. Será preciso perdermos tudo (materialmente falando) para poder nos encontrarmos?


Estamira tem 3 filhas e um filho, todos bem criados e que guardam imenso amor por ela, apesar de alguns deles (especialmente o filho) divergir de opinião e enxergá-la com um olhar moldado por forte religiosidade, um ponto de vista claramente antagônico ao da mãe. Para ele, assim como para muitos brasileiros, a religião e a figura de Deus são conceitos intocáveis, tornando a visão “radical” de Estamira inaceitável. Fica claro que ele a enxerga como louca, apesar de o amor de filho ainda se mostrar presente. Estamira é como um desconforto, aquela pessoa que talvez o filho não quer que as pessoas vejam, principalmente nos seus acessos de raiva. Ainda assim, é interessante ver como as filhas (duas delas criadas longe de Estamira) conseguem enxergar a beleza dentro desse dragão furioso, um sentimento que pode vir a ser uma saudade ou um olhar do jovem de cabeça aberta, interessado em escutar um pouco. Estamira quer ser ouvida, algo que ela provavelmente não foi durante a vida toda. É um acúmulo de frustrações que trazem à tona pensamentos tão honestos e nervosos que para o ouvido desatento soa apenas como delírio. É outra coisa que o filme nos lembra: precisamos escutar mais. E Estamira vai repetir as suas idéias e neologismos até conseguir ser tratada com o respeito que merece, sem a definição pré-conceituosa de louca, velha e pobre. A voz de Estamira é uma resposta à negligência social que cometemos dia-a-dia: sabemos dessa crua realidade pois vemos todos os dias no jornal, mas é muito mais confortável pensar no churrasco de domingo, na promoção, no emprego e no novo celular . É o lixo que vira descuido.


Visualmente, Estamira é uma encenação real do apocalipse. É o sol que se mistura com o fogo, com o grão, com o lixo, resto e descuido. É um filme pintado pela natureza, no caso, a humana. É uma arte do descartado, e os outros trabalhadores do lixão fazem parte desse cenário ativo e invasor, que preferimos esquecer. O plano final do filme é um daqueles momentos em que a natureza conspira a favor do cinema, não só encerrando a orquestra do Fim, como ilustrando ali mesmo tudo que foi dito e que está preso na cabeça de Estamira, esta simples humana com algo a dizer.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Resultado do processo seletivo da UEMG 2009

A Comissão Permanente do Processo Seletivo - UEMG/COPEPS divulgou o resultado oficial do Processo Seletivo 2009. A lista com a relação dos candidatos classificados no concurso, pode ser acessada nos links: http://www.copeps.com.br/uemg/ps2009/images/DesignProdutos.pdf e www.uemg.br. Neste Processo Seletivo 2009, 8.812 candidatos concorreram às 1.880 vagas oferecidas pela UEMG em seus 25 cursos de graduação, distribuídos no Campus de Belo Horizonte e nas Unidades de Ubá, Barbacena, Frutal, João Monlevade e no curso fora de sede em Poços de Caldas.


Em Ubá, as matrículas para o curso de Design de Produto acontecem nos dias 28 e 29 de janeiro, de 14 às 20 horas. Mais informações pelo telefone: (32) 3532-2459.



Com informações da assessoria de comunicação de BH

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Bobeira boa é bobagem...

Nesta terça-feira começa mais uma edição do Big Brother Brasil. Há mais de um mês já podíamos assistir às chamadas da atração na TV Globo. Existem aqueles que dizem que mal podem esperar janeiro chegar para começarem a espionar os participantes do reality show.


Não é minha pretensão aqui discutir a qualidade do conteúdo ou mesmo a postura de quem se dedica a acompanhar o cotidiano de pessoas até então anônimas e que viram verdadeiras celebridades, mesmo que momentâneas. A idéia é provocar a reflexão sobre como, não só o brasileiro, mas também pessoas de muitas outras nações, cada vez mais buscam saber mais sobre a intimidade do outro.


Essa invasão da privacidade permitida já se tornou um hábito irresistível para milhões de pessoas no mundo todo. Artistas, celebridades contam as suas vidas em blogs, fotologs etc. Exibem páginas na internet do nascimento de seus filhos ou simplesmente de uma ida ao shopping em um dia de folga. Saber qual é o novo "afair" de Carol Castro ou ver fotos do presidente da França de férias com a esposa no Brasil, passaram a ser uma necessidade? Ou simplesmente uma questão de facilidade de acesso às informações que pouco acrescentam em nossas vidas?


O entretenimento, a diversão também fazem parte da função da mídia. Hoje a rapidez com que se fica sabendo dos fatos e a capacidade que os veículos de comunicação têm em mostrar e comprovar o que estão dizendo, servem para "aguçar" ainda mais os curiosos.


O que acontece na TV ou na intimidade do outro passa a interessar aqueles que nada têm a ver com o fato em si, mas que transformam esse outro em alguém próximo, na medida em que acompanham suas vidas, seus costumes. Portanto, ver o primeiro dia do BBB hoje significa, muitas vezes, não ficar de fora amanhã de manhã das rodinhas de bate papo por aí. Pensem nisso...



Taís Alves