quinta-feira, 7 de abril de 2011

"Escrever é um ato que se aprende?"

Em minhas aulas de Redação em Jornalismo sempre debatemos a necessidade de leitura e reflexão sobre a realidade brasileira e mundial, principalmente para estudantes e profissionais da comunicação.


Refletimos também sobre os motivos pelos quais nem sempre os brasileiros encontram facilidade para falar e escrever corretamente. Falta de base nas primeiras séries escolares? Empenho em buscar leituras e se aperfeiçoar? Ou tudo isso, aliado a um sistema educacional em que a reprovação das crianças nos anos iniciais é pequena ou não existe?

Após lermos uma crônica sobre a importância do ato de se ler e escrever bem, publicada na revista Veja, solicitei aos estudantes que colocassem no papel: "Escrever bem é algo que se aprende?"


As respostas orais já me adiantaram um pouco sobre o que escreveram. Foi um bate-papo interessante. Eles me sinalizaram para algumas questões complexas que nos chamaram a atenção. As dificuldades vêm desde a infância e continuam na fase adulta.

O ensino superior se depara com jovens afoitos pelo saber, mas que reconhecem as dificuldades na hora de transmitirem o que pensam.


Lembrei-me de uma frase do escritor Antonio Calado: "Escrever dói". Sim, dói mesmo, porque trata-se de um processo que vai se aprimorando ao longo da vida. Não digo que seja simples. Pelo contrário, cada dia aprendemos algo novo. A lingua portuguesa é muito complexa. Mas é possível torná-la mais acessível com bastante leitura. Quem não lê, não escreve. Mesmo que seja bula de remédio, como eu costumo dizer.

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