segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Manga Ubá - um ícone, um índice ou um símbolo?

Hoje quando penso em manga Ubá, logo me lembro da infância,do cheirinho do doce sendo remexido no tacho de cobre na casa da Hebe, uma vizinha de minha mãe. Lembro-me também da sujeira que eu e meus irmãos fazíamos quando passávamos a tarde inteira nos quintais dos vizinhos saboreando a fruta.

É por isso que resolvi utilizar a manga Ubá, um símbolo da Cidade Carinho, para tentar explicar alguns conceitos criados por Charles Sanders Peirce PEIRCE na Semiótica.

Peirce entendia o signo como fenômeno, qualquer coisa que aparece à mente, seja ela meramente sonhada, imaginada, concebida, vislumbrada, alucinada. Um devaneio... um cheiro e que, por fim, pode ser até mesmo representada. "Seria alguma coisa que representa outra coisa".

Assim, quando escrevo o nome da fruta manga, cada um de vocês pode se lembrar de algo. Para muitos ubaenses que moram fora da cidade, a fruta pode representar boas lembranças. Para quem ainda vive aqui: um orgulho de poder ter o privilégio de ter acesso fácil a essa delícia.

Para Peirce, a trilogia do pensamento seria uma primeira ideia do que pode ser a manga. Depois viriam as possibilidades de significado para a mesma. E a terceira, seria a fruta representada e somada a todas as lembranças que ela pode estabelecer com o seu contexto.

Observe que, quando chegamos ao terceiro ponto, fechamos um ciclo. Não é qualquer manga que valeria nesse raciocínio e sim, a Manga Ubá.

Daí surgem alguns conceitos como o de ícone, índice e símbolo.

O ícone seria o objeto – representado por uma cópia similar ou não similar a eles. Uma fotografia da manga Ubá, por exemplo.

O índice seria um signo que é um indicador, o cheiro da manga por exemplo.

O símbolo já seria o significado da manga somado ao que ela representa para os ubaenses: a manga como símbolo da cidade de Ubá.