Minha mãe sempre diz que "tudo na vida tem a sua primeira vez". Confesso que por algumas situações eu não gostaria de passar. A primeira decepção, o primeiro não, a primeira dor de barriga, a sensação de perda...
Nesta semana fui surpreendida por uma situação inusitada nesse meu tempo como professora. Não vou aqui contar detalhes porque relembrá-los não me faz bem. Mas gostaria de refletir um pouco sobre a visão deturpada que as pessoas têm e que faz do brasileiro "o povo do jeitinho".
A forma encarar a realidade parece que tem sofrido algumas alterações. Muita gente anda pensando que seguir as regras, os regimentos virou exceção no "jogo" da vida.
Há quem acredite piamente que as outras pessoas devem "quebrar" essas regras em função de uma pessoa ou um grupo. E conseguem justificar essa solicitação, ressaltando que vale tudo pelo "bem" do ser humano. Claro que fazer o bem para o ser humano é prioridade. Mas será que passar a mão na cabeça, fingir que o outro não falhou, não foi capaz, não seria justamente o contrário? Não estaríamos com isso dando atestado de incompetência para esse outro que errou, dizendo: você errou feio, não cumpriu com seu dever, mas eu vou lhe apoiar mesmo assim, porque afinal de contas, todo mundo erra mesmo e não é punido não é?
Enquanto o ser humano continuar insistindo nessa postura do "dar um jeitinho", vamos continuar tendo que engolir vários "sapos". Depois ficamos horrorizados com os absurdos sobre corrupção divulgados pela imprensa. As tentativas de acordos, de conversa ao pé do ouvido também são uma forma de corromper o que já foi acertado.
Nunca fui a favor de normas rígidas. O bom senso é fundamental. Mas se elas existem, devem ser seguidas e servem como uma maneira honesta e previamente acordada de se estabelecer uma relação, seja ela de compra e venda de um produto ou mesmo do nosso cotidiano como as informações contidas no rótulo de um produto no mercado.
Volto a ressaltar que aceitar as nossas dificuldades e as de quem está a nossa volta, também demonstra uma vitória e um crescimento muito grande.
Nenhum comentário:
Postar um comentário